terça-feira, 28 de junho de 2011

Olhos cinzentos

Hoje você me perguntou
o porquê de eu achar seus olhos cinzas...
a resposta parece simples, mas só é feliz a quem sabe vê-la

Seus olhos já foram fogo
que me ardiam os ossos, a pele, a alma...
seus olhos já foram fogo...

hoje seus olhos não me mostram nada
não me mostram desejo
não me mostram sonho, nem mesmo esperança
hoje seus olhos me cansam e eu desejo pra eles não olhar
pois seus olhos não demonstram nada
não demonstram o amor que outrora estava lá

seus olhos apagaram a chama
a chama que aqui ardia
e como essa chama foi-se embora
a chama que em mim estava... a chama do meu coração
te amar não posso mais.. te querer já é passado
olhos cinzentos... no máximo posso querer-te bem

domingo, 19 de junho de 2011



Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade

Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A poesia

A poesia esta guardada nas palavras
É tudo que eu sei.
Meu fardo é não entender sobre quase tudo
Sobre o nada eu tenho profundidades
Eu não cultivo conexões com o real.
Poderoso pra mim não é aquele que descobre o ouro
Pra mim poderoso é aquele que descobre as insignificancias do mundo e as nossas.
E por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.

Manoel de Barros

terça-feira, 26 de abril de 2011

Para os que acham que sabem




Hoje me deu vontade de postar algo... e vou colocar umas partes de uns textos ou músicas de Maysa que eu acho interessantes e bem parecidos comigo:

Todos acham que eu falo demais
E que ando bebendo demais
Que essa vida agitada não serve pra nada
Andar por aí, bar em bar, bar em bar

Dizem até que ando rindo demais
E que conto anedotas demais
Que não largo o cigarro e dirijo meu carro
Correndo, chegando no mesmo lugar

Ninguém pode calar dentro em mim
essa chama que não vai passar;
é mais forte que eu
e não quero dela me afastar;

Eu não posso explicar quando foi
e como ela veio...
E só digo o que penso
só faço o que gosto
e aquilo que creio.

Se alguém não quiser entender
e falar... pois que fale,
eu não vou me importar com a maldade de quem nada sabe.
E se a alguém interessa saber,
sou bem feliz assim,
muito mais do que quem já falou ou vai falar de mim.

É isso... :]

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aborto. Você realmente já pensou sobre o assunto?



Levado pela diária afirmação de que "o aborto será legalizado no Brasil", preocupei-me em pesquisar mais sobre o assunto e cheguei à minha conclusão. Está na hora de você chegar à sua.

Nesse post não gostaria de dizer o que penso a respeito do tema de forma total, visto que o assunto é realmente muito complexo. Falarei um pouco, traçando, superficialmente, o que acho que devo abordar para que minha opinião seja levada a você, leitor, na forma mais concisa possível.

Creio que nós, sociedade, devemos influenciar diretamente as decisões dos nossos governantes e, para isto, devemos estar mais informados sobre os assuntos em debate na atualidade. O aborto é um deles e começa a estar figurando como um dos principais debates que irão ser traçados no Brasil nos próximos anos.

Eu acredito que a mulher tem o direito e, ao mesmo tempo, o dever de ser mãe. Acredito, da mesma forma, que todo ser ao ser concebido tem direito à vida. Como pensar, então, em legalizar ou não algo que fará com que as mães matem seus próprios filhos? É isso, meus amigos, o aborto é o assassinato do próprio filho. Existem os casos em que ele é necessário, que é quando se tem que escolher entre a vida da mãe e a do bebê, mas esta é uma decisão que deve ser tomada pela própria mãe na hora do parto. Neste caso, o aborto poderia ser permitido, com o conscentimento da mãe. Dar às mães o direito de a qualquer tempo matarem seus filhos quando ainda estiverem no seu ventre é dar à mãe, da mesma forma, o direito de abandonar os filhos quando acharem que não darão "conta do recado" após a maternidade; é legalizar que matem seus filhos após o nascimento, simplesmente por não gostarem dos pais dos mesmos. Onde fica, então, o direito à vida dos filhos? Onde fica o direito à vida do nascituro? Onde fica o amor?

Política pública seria informar às jovens sobre a responsabilidade do sexo, sobre a responsabilidade de ser mãe, sobre as beneces que a maternidade propicia e não que ser mãe é algo ruim, uma tortura, o fim da liberdade individual. Há que se pensar mais amplamente. Ninguém vive sozinho, ninguém pode pensar apenas na liberdade individual da mulher, há que se pensar na vida do filho também. Ser mãe é, ao mesmo tempo, um direito e um dever, após concebida da maternidade.

Falei no início que o tema é complexo e abrangente. Realmente não mentí. Poderia escrever páginas e mais páginas sobre o assunto, mas prefiro que você pense por sí só e crie sua própria consciência sobre o tema. Eu já criei a minha consciência.

Trago alguns links de textos e vídeos que poderão auxiliar você que, como eu, também está preocupado com a finalidade da legalização do aborto como política Pública.

http://www.acidigital.com/vida/aborto/legalizacao.htm

http://www.youtube.com/watch?v=47btXT4ses0

http://vimeo.com/15358185

Apreciem sem moderação. :]

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como escolher um candidato?



É, talvez esse texto sirva mais para confundir do que para explicar como podemos fazer para escolher um candidato nessas eleições e nas próximas. É algo que me inquieta e que levo muito a sério. Decidir sobre em quem irei oolocar minhas esperanças na condução da política no meu tão amado Estado e País, que irá refletir na vida daquelas pessoas que muito estimo, e tantas outras que não conheço, mas que merecem toda a consideração e bom trato.

Na escolha para presidência sempre penso num projeto que venha a fortalecer o país, pensando nas regiões como um todo, e pensando na diminuição das desigualdades sociais que há muito estão presentes na nossa história. Não quero um líder ou uma líder nacional que esteja motivado a conduzir o crescimento de uma, ou algumas regiões em particular, mas que pense no todo, observando um norte de justiça social, com distribuição de renda, para um crescimento igualitário, na medida do possível. Há, da mesma forma, a questão ideológica que também levo muito em conta. O nosso presidente, líder maior, tem que ser alguém com ideologias próprias e de visão de mundo diferenciada, tem que ter a capacidade do diálogo, da mudança, ter pulso firme e a sensibilidade de conduzir uma nação tão cheia de riquezas e diferenças culturais.

No nosso Estado, Paraíba, a política tem me feito refletir ainda mais. Temos um Estado pobre, porém com grande potencial de crescimento. Acho que não podemos mais continuar com uma política de dois lados, onde um é o vermelho e o outro é amarelo. Isso é coisa de antigamente, parece até quadro de programa humorístico. Temos que colorir nossa política, colocar novos rostos no cenário paraibano.

A maioria dos que atuam politicamente são movidos por ambições pessoais no nosso Estado e isso me entristece muito. Quando vejo alguém na rua, trabalhando muito por este ou aquele político, logo vejo por trás de tudo isso uma vontade pessoal de assenção, não existe como prioridade o "pensar na coletividade". Pessoas sem nenhum preparo são apontados como favoritos às eleições. Quando falo sobre preparo não me refiro a ser um doutor ou um analfabeto, mas pessoa sem preparo político, sem ideologia, sem saber sequer o que fará se for eleito. Podem ter certeza, a maioria dos que estão a frente nas pesquisas são homens por trás de partidos e empresários que custeiam suas campanhas, esmagando qualquer outro que tenha verdadeiros ideais políticos de mudança para nosso Estado.

Estamos num momento de safra nova, eu diria, na política paraibana. Os filhos de muitos políticos querendo assumir cargos. Parece que a coisa pública virou coisa de família. No nosso Estado esse coronelismo maquiado vem de tempos e nós, população, devemos pensar sobre essa questão com maior cuidado. Não acho que por ter família envolvida na política o candidato é má pessoa, mas acho que tende a ser um mal político. Quem começa a achar que é dono de um Estado ou dono da vontade de uma população começa a colocar suas ambições pessoais sempre a frente das ambições da maioria, e isto é muito prejudicial.

Vejo como esses jovens conseguem corromper aqueles que os seguem. Desde as campanhas milionárias, que tiram dos outros candidatos até mesmo a possibilidade de mostrar idéias, até aquele velho pagamento de "birita" em bares para eleitores desavisados. É este é o retrato de muitos jovens candidatos no nosso Estado.

Não voto em cadidatos assim. Que não expõem suas PROPOSTAS, que não têm história política nem social, que nunca lutaram por melhorar as condições do nosso povo, mas que sempre levaram seu tempo em gastar o dinheiro dos seus pais e da população. Lhes digo, não pensem que não estamos de olho, estamos sim, e sabemos o que andam fazendo com o dinheiro público, nós não somos idiotas, a população da Paraíba pensa, não é massa de manobra.

Acredito que minha forma de pensar sobre política é uma forma séria. Não sou partidarista e nem acho que as pessoas devam ser. Olho o candidato, suas atitudes antes de ser candidato, não levado por moralismos, mas na observação de se o nosso possível representante já atuou alguma vez na busca da melhoria social e do bem coletivo.

As pessoas na Paraíba acham que o bom político é o que "traz verbas". É aquele que deu mais coisas a minha cidade. É aquele que conseguiu ambulância quando alguém da família precisou. Eu lhes digo, essas são todas obrigações dos políticos, que devem ser realizadas para a coletividade de maneira igual, sem discriminações. Vejo que o verdadeiro político, e neste eu deposito meu voto, é o que é capaz de refletir e trazer novas idéias, é aquele que tem ideais e modifica a situação, não com obras somente, mas com mudança de ideologia na população, tornando-a mais consciente do seu papel de mudança e de respeito mútuo.

Pensem muito quando forem votar nos seus candidatos. Eu tenho minha forma de pensar sobre o assunto e levo muito a sério quando o faço. Não sou o dono da verdade e esta talvez nem seja a forma correta de votar, mas é a que eu sigo e acho que se fizéssemos assim nossos políticos teriam mais respeito com a população e com a coisa pública e não teriam a certeza de que podem nos comprar pagando bebidas, dando empregos ou com conversa fiada. Políticos com ideologia é o que nós precisamos.

Nós estamos de olho!!! :]

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

NAMORE UM BARRIGUDINHO

Recebi o texto por e-mail e achei massa.. postando aqui pra vocês:


NAMORE UM BARRIGUDINHO



(CARLA MOURA PSICÓLOGA, ESPECIALISTA EM SEXOLOGIA)

Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.

Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho´, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.

Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.

Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os `tanquinhos´ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com `clight´ que trouxe de casa.

E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.

Você nunca irá ouvir um ah, amor, `Quarteirão´ é gostoso, mas você podia provar uma `McSalad´ com água de coco. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não
matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental:

Homens barrigudinhos são confortáveis!

Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo.

Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar,a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.

CARLA MOURA
PSICÓLOGA, ESPECIALISTA EM SEXOLOGIA

Dia Internacional da BARRIGA - Está chegando

CHEGA DE VIADAGEM!

O mundo inteiro sabe que quem gosta de homem bonito são os viados. Mulher quer homem inteligente, carinhoso e boa praça. Por isto está sendo lançado o dia 05 de Dezembro como o DIA INTERNACIONAL DOS BARRIGUDOS.

Chega de ter a consciência pesada após beber aquela cervejinha, ou aquele vinho, e comer aqueles petiscos.
Chegou a sua vez!! Salada, é o caralho!!

Nosso Lema: "Mais vale um barrigudinho bom de cama, do que um gostosão fracassado".

Nosso ìdolo: "Homer Simpson".

Nosso Dia: 5 de Dezembro, o dia Internacional dos Barrigudos.

Passe a diante para todos os barrigudos e simpatizantes!!

P.S.: E mandamos um recado para você "sarado gostosão": Enquanto você malha, sua namorada está tomando cerveja, comento tudo do bom e do melhor em um motel, com um barrigudo extrovertido, carinhoso e atencioso!

se achar que é mentira paga p/ ver......

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lezeira


Por muito tempo venho tentando achar o porquê de se chamar aqueles que têm pureza, fragilidade, sinceridade, humildade, aqueles que agem com o instinto mais primeiro, o mais infantil, o mais aberto, de lezeiras.

Seria este mundo desumano, este mundo que faz com que não vivamos com dignidade e com pureza, o mundo que exige que não sejamos lezeiras? Este é o mundo que queremos construir? O mundo da hipocrisia, o mundo da fortaleza aparente e do crescimento antecipado e forçado? Seria ficar adulto um CRESCIMENTO, ou seria uma forma apenas de deixar de ser lezeira, de deixar de ser criança, de perder a pureza de repente... sem motivo?

Muitas vezes nos pegamos intitulando tantos outros de lezeiras sem ao menos nos observar. Nós sabemos que somos iguais a eles e, por tentarmos sempre não mostrar nossa fragilidade para o mundo, disfarçamo-nos em fortaleza sombria, fria, na solidão de nós mesmos, na tristeza da individualidade. Numa escuridão tão profunda que nos esquecemos de ser.

Em todo adulto vive uma criança, só que, infelizmente, em alguns, esta criança está amedrontada no vazio da sua “adultice”. Está sozinha, cansada de tanto ser colocada de castigo por este mundo “adulto”, pelo mundo do crescimento forçado, do crescimento sem amadurecimento, sem felicidade.

Deixamos de fazer grandes amigos, perdemos bons momentos, excelentes conversas, ensinamentos, perdemos de partilhar experiências, perdemos amores, entristecemos pessoas, magoamos. Por não termos a dignidade de ser amigos, de nos apaixonarmos, de não magoarmos àqueles que achamos que, por algum motivo, são a nós inferiores por, ao nosso ver, não terem amadurecido o suficiente para terem nosso tempo e nossa consideração.

Através desta falta de amor e compreensão, por esta falta de tempo para o verdadeiro crescimento, por este falso amadurecimento antecipado é que o mundo está se tornando muito individualista, muito grosso, seco, sem sentimentos e as pessoas estão ficando mais solitárias e perdidas.

Ser lezeira é ter bondade. É ser criança, é ser puro, é ter em si a verdade sobre si mesmo, é expressar o que se sente sem medo de ser feliz, de passar por tolo, sem medo de errar, com vontade apenas de partilhar seus sentimentos e de aprender com a vida e, com o tempo certo, poder amadurecer e compreender a lezeirice dos outros. Não vejamos na sinceridade da lezeirice algo ruim, que deve ser criticado, mas um estado constante de crescimento como ser humano e de ida à verdadeira idade adulta, onde a compreensão e os outros sentimentos tornam-se unidos para a melhoria da vida.
Ser Lezeira é, enfim, ser feliz, puro e ingênuo. É ser criança.



Luiz Felipe Xavier

domingo, 16 de maio de 2010

As pessoas mudam



Certo dia alguém me disse, como se quisesse me alertar: "as pessoas mudam, é a vida". Essa frase ecoa ainda na minha mente.. "é a vida.. é a vida".

Eu fiquei pensando comigo: é, as pessoas mudam. Um dia a gente é criança, outro dia não é mais, e mais na frente a gente se dá conta que cresceu. A gente muda.

Cresce, menino! O mundo espera isso de você!

Quanto mais o tempo vai passando, parece que mais a gente vai se cobrindo com um casulo que, ao mesmo tempo proteje e transforma. É nesse casulo onde a gente fica sozinho, enquanto as mudanças acontecem.

É mesmo. Eu não acredito mais em papai noel, eu não acredito mais em super-herói, isso é coisa de criança, cresce, muda! Agora sim, passei no teste: sou HOMEM!

O que eu perdí durante a mudança você deve saber também, se tiver, como eu, mudado.

"As pessoas mudam, é a vida".


Luiz Felipe Xavier

sábado, 15 de maio de 2010

Eu quero ser mais você


Às vezes eu quero ser diferente, eu quero ser menos eu, eu quero ser mais você.
Ter tentado tanto tempo encontar sendido no que eu sinto, baseando-se no que eu não posso compreender tem me deixado meio pra baixo, triste.
Quando eu me vejo no espelho posso ver a imagem de uma pessoa forte, jovem, com um futuro dos melhores, mas algo falta.
É. A vida é dura. A gente sofre mesmo. Não tem como fugir. Eu tento. Eu tento acreditar em filmes de comédia romântica, onde sempre o final é: "e vivieram felizes para sempre". Só que na realidade o "felizes para sempre" é cada vez mais difícil de se encontrar.
Eu não quero mais teimar em não acreditar no que a minha razão tenta concluir: seja o que as pessoas querem que você seja e seja, com isso, feliz. Que força é essa que me faz pensar que, talvez, acreditando em coisas que não se acredita mais eu seria melhor? Eu teria mais? Eu seria feliz?
Eu quero ser como você é. Más há algo em mim que diz que você é como eu. Que você também tem medo de acreditar que a comédia romântica pode estar certa, que o "felizes para sempre" existe.
Eu quero ser como você. Eu quero não acreditar. Que se dane, eu quero racionalizar o que eu sinto. Eu quero descartar quem não me convém. Mas, como saber quem é que não me convém? Como saber se quem eu descarto hoje não é o meu melhor amigo, ou o amor da minha vida?
Eu prefiro racionalizar. Eu quero racionalizar. Mas não consigo, infelizmente. Pois quem não consegue, assim como eu, não consegue ter o que mais deseja: a felicidade. Será?
Ahhh... eu quero acreditar, isso sim. Eu quero minha princesa, eu quero o meu amor. Eu quero filhos, eu quero viajar pra uma viagem repleta de tudo o que eu sempre sonhei. Eu quero ser feliz! Mas não sei, ainda, como encontar essa tal felicidade. Seria acreditando no que não se pode acreditar? Seria acreditando em sonhos? Em histórias? Ou seria acreditando na realidade? Onde só sobrevive aquele que consegue concretizar aquilo que a sua razão manda?

Chega! Minha cabeça está cheia de perguntas de mais por hoje. Eu já estou desistindo. Eu vou desistir. Eu me entrego. Felicidade, seu nome é razão!


Luiz Felipe Xavier

Texto "Verdade Tropical"



Lembro com muito gosto o modo como ela se referia a ele. Pelo menos ela o fez uma vez e isso ficou marcado muito fundo, dizendo: Caetano, venha ver o preto que você gosta. Isso de dizer o preto, sorrindo ternamente como ela o fazia, o fez, tinha, teve, tem, um sabor esquisito, que intensificava o encanto da arte e da personalidade do moço no vídeo.
Era como isso se somasse àquilo que eu via e ouvia, uma outra graça, ou como se a confirmação da realidade daquela pessoa, dando-se assim na forma de uma bênção, adensasse sua beleza.
Eu sentia a alegria por Gil existir, por ele ser preto, por ele ser ele, e por minha mãe saudar tudo isso de forma tão direta e tão transcendente. Era evidentemente um grande acontecimento a aparição dessa pessoa, e minha mãe festejava comigo a descoberta." - Do livro "Verdade Tropical" de Caetano Veloso.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Caminhadas


ANTES DE LER, CARREGA A MÚSICA DO VÍDEO AÍ.. MTO BOA PRA LER OUVINDO
:]




Durante nossa caminhada nos deparamos com várias pessoas. De todos os tipos, com religiões diferentes, pensamentos diferentes, culturas diferentes. Alguns dos que conhecemos tornam-se para nós muito especiais, pois, dentre estas diferenças, características da individualidade, vemos igualdades que nos aproximam destas pessoas. São as igualdades provenientes das diferenças que geram as afinidades e daí, então, surgem os sentimentos de amizade, amor, fidelidade, entre outros.
A vida encontra maneiras de sempre retirar estes indivíduos do nosso convívio, seja pelas próprias necessidades sociais, como emprego, dinheiro, status social... seja através da distância e até mesmo da morte, que, cedo ou tarde, quando menos se espera, nos encontra na caminhada da vida. Temos que compreender como faremos para receber estas perdas, o desconforto da distância e a incapacidade de mudar o que não pode ser modificado. Na nossa caminhada muitas vezes ficamos impotentes diante da grandiosidade da vida, do destino e das nossas próprias escolhas.
Quando habitamos a tenebrosa caminhada da desilusão, da distância, da solidão e das derrotas que a vida nos impõe, vemos como a grande caminhada da vida é frágil e como os sentimentos são tratados com banalidade. Sentimos na pele e vemos com mais clareza, de forma bastante transparente, o quanto estamos próximos da degradação interior por coisas que, com auxílio do pensamento e da prática da espiritualidade, poderíamos facilmente enfrentar com mais coragem. A vida, na maioria das vezes fica resumida à futilidade das relações e à entrega aos prazeres carnais. Isto não é de agora, mas a tempos atrás a humanidade atua desta forma. Não se estimula mais o pensamento como se deveria. Fracasso humano.
Na caminhada do viver prefere-se muitas vezes à fuga. A fuga para o vazio, sem reflexões, sem ao menos se pensar como e ou porque se está fugindo. Só não temos força ou coragem para enfrentar a realidade que nos cerca, esta realidade muitas vezes imutável, mas em muitos aspectos mutável. O que causará as mudanças necessárias será a coragem de reagir às adversidades e não apenas fugir, mas seguir em frente. A própria vida arranja formas de nos “recompensar” por esta coragem.




Luiz Felipe Xavier